“A sexualidade e as normas no seu em torno têm impactos significativos sobre a educação, trabalho, saúde e, assim, os direitos sexuais se fazem essenciais para os outros direitos humanos”. A afirmação é do psicólogo Francisco Alves Ramos (CRP 19/3598) que na quarta-feira 27, às 18, apresenta live com o tema “Falar de sexualidade na saúde mental é preciso”. O evento virtual, que integra a programação da campanha Saúde Mental de Janeiro a Janeiro, é aberto ao público, e será transmitido pelo instagram do CRP19, @crpsergipe.
A discussão trará uma abordagem sobre a importância de se abordar questões de sexualidade em serviços de saúde mental e emocional. “Normas a respeito de com quem e o que é permitido ou proibido ter relações sexuais, existem nas diferentes sociedades, mesmo que variando para cada sociedade e momento histórico. Elas têm um efeito importante e, com frequência, muito negativo sobre o bem-estar material e emocional das pessoas”, ressalta o terapeuta sexual.
Segundo Francisco Ramos, a literatura traz que a saúde sexual de pessoas com transtornos mentais severos e persistentes não se mostra uma temática de grande investimento dos profissionais de saúde no Brasil, e raros são os estudos realizados com essa população, vista como “assexuada” ou como se possuísse uma sexualidade fora de controle que deva ser coibida.
“Abordar questões da sexualidade é quase sempre um desafio e, muitas vezes um incômodo para profissionais de saúde, e que seu entendimento na clientela de usuários de serviços de saúde mental é geralmente incluído no rol de mais uma “loucura”, “excesso”, “falta de limites” e outras simplificações que justificam uma postura repressiva, se torna extremamente relevante uma abordagem dialógica e que abra espaços para que essas pessoas se expressem”, reitera o especialista em Psicologia sexual.