17 de janeiro de 2021
Novas perspectivas sobre masculinidades é tema de debate
noticia

O Conselho Regional de Psicologia de Sergipe, por meio do Grupo de Trabalho Gênero e Sexualidades, promove na quarta-feira, 20, a roda de conversa “Masculinidades em fluxo:  as novas perspectivas para/sobre os homens”. A live, que integra a programação do Janeiro Branco no CRP19, acontece às 19h, no Google Meet, com link a ser divulgado no dia do evento na bio perfil do @gt_generoesexualidades. A confirmação de participação deve ser feita no direct do GT.

As discussões serão conduzidas pelo psicólogo Eduardo Faustino Coelho (CRP 15/ 5745), que desenvolve o Ircrerser, projeto de cuidados em saúde mental e consultório, com ênfase em diversidade sexual e de gênero, além de relacionamentos e Afetividade, em Alagoas (AL).

“Escolher o tema ‘Masculinidades em Fluxo’ para o Janeiro Branco é uma maneira de ouvir e estudar a multiplicidade ou a fluidez das performances, vivências e lugares de fala, do que é ‘ser homem’”, conta.

Psicólogo clínico, pesquisador, ator e escritor, Eduardo Coelho comenta que não existe um modelo, ou pelo menos um padrão mais adequado, aceitável de expressar masculinidade. “É  possível discutir masculinidade no plural, considerando suas múltiplas possibilidades indo além dessa hierarquização entre masculino e feminino ou das concepções hegemônicas que invisibilizam os corpos trans, por exemplo”.

Para o pesquisador a importância de trazer, constantemente, esse debate para a Psicologia, se dá por conta, principalmente, do impacto que a cultura, e sua noção de homem ideal, representa na vida das pessoas. “Especialmente porque isso leva homens ao sofrimento ou dificuldades emocionais graves devido a uma série de pressões nos ambientes em que convivem.  A violência doméstica ou sexual, a falta de ética nos relacionamentos, o racismo ou hipersexualização de corpos pretos, o preconceito aos homens trans, aprisionam em diferentes lados das narrativas. São situações que têm origem em estruturas sociais que podem ser desconstruídas ou logo estremecidas”, conclui.

 

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