No último dia 23 de setembro, representantes do Conselho Regional de Psicologia de Sergipe e Tribunal de Justiça de Sergipe estiveram reunidos, em ambiente virtual, para discutir a proposta de produtividade do profissional no contexto judiciário. Em mais um encontro, o CRP19, através da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF), demonstrou preocupação em relação ao quantitativo mínimo exigido, de dez laudos/estudos psicológicos, por Analista Judiciário.
Entre os pontos abordados durante a reunião estavam a qualidade do serviço ofertado pelas (os) profissionais e as questões técnicas e éticas que permeiam a profissão quanto à exigência de metas determinadas. O conselho tem como principal função orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de Psicólogas (os).
“O comportamento da COF e do Conselho de Psicologia, diante de quaisquer denúncias, é averiguar se tem alguma coerência e seguir com os devidos encaminhamentos. O fato de ter diálogo não caracteriza que a gente não possa encaminhar as demandas que surgem para o conselho”, comenta Jameson Pereira Silva, Conselheiro Vice-presidente do CRP19 e Presidente da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF).
“De certa forma, os profissionais se sentem cobrados em relação ao quantitativo e meta estabelecida. Estamos preocupados, de fato, com a qualidade. Não é uma suposição. Nós estamos preocupados porque, a partir dos estudos que nós fizemos, identificamos que não é possível cumprir esses dez laudos com a qualidade técnica que existe para a produção do documento”, enfatiza Marcela Flores, psicóloga fiscal da COF.
De acordo com um Relatório da Comissão de Orientação e Fiscalização apresentado ao TJ/SE, a avaliação psicológica é um processo amplo e complexo que envolve a integração de informações provenientes de diversas fontes de informação, dentre elas, testes, entrevistas, observações, análise de documentos, não se restringindo a um único procedimento.
Aberto ao diálogo, o TJSE destacou a importância do encontro e enfatizou que a meta estabelecida foi baseada em um estudo da diretoria de planejamento da média dos últimos três anos.
“Pela primeira vez, estamos abrindo espaço para dialogar, para estabelecer condições de trabalho da melhor forma possível, discutindo e conversando para chegar ao denominador comum. Toda a gestão pública tem metas. Nós temos consciência que o nosso papel é prestar contas da sociedade e essa é a nossa missão o que nos leva a estar dialogando para encontrar uma saída e definir caminhos”, garante o Des. Edson Ulisses de Melo, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe.
Participaram da reunião em ambiente virtual, o Des. Edson Ulisses de Melo, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe; Thyago Avelino, Coordenador de Perícias Judiciais (COPEJUD); Luana Monise Lima Santana, Chefe da Divisão de Psicologia (DIVIPSICO); Jameson Pereira Silva, Conselheiro Vice-presidente do CRP19 e Presidente da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF); Marcela Flores, psicóloga fiscal da COF; Alexsandra Alves P. de Albuquerque, Conselheira do CRP19 e membro da COF; Rafael Carvalho, Procurador Jurídico do Conselho Regional de Psicologia; Talita Costa, analista técnica e membro da Comissão de Ética (COE/CRP19).