O esgotamento mental gerado pela pandemia é definido pela Organização Mundial de Saúde-OMS, como fadiga pandêmica.
Em entrevista ao Jornal da Alese – 1ª edição, o Conselheiro do CRP19, Saulo Almeida (CRP19/2822), falou sobre esse efeito comum da hipervigilância ao vírus, hiperestimulação aversiva e excesso de privações.
“Essa estimulação negativa nos prejudica. Está muito relacionada a contrair a Covid 19, o medo da morte e, também, de perder pessoas próximas. E essa hipervigilância, mantida desde o primeiro momento, ou seja, desde março do ano passado, faz com que o nosso sistema, de adaptação esteja sempre sobrecarregado”, explica.
De acordo com o psicólogo é possível trabalhar as emoções nesse momento de alto nível de estresse. Uma das estratégias é manter o foco das atividades.
“É muito válido observar que esse cansaço, essa ausência de um fim da pandemia pode nos gerar dificuldade de manejo e de manter, ou ter, objetividade. Ter um foco no problema, entender hoje temos algumas atividades a fazer, é mais salutar do que colocar tudo que deve ser feito durante um dia, um mês ou o ano inteiro. Manter a objetividade e regular as expectativas são pontos muito importantes para a saúde mental, pois nesse momento não sabemos o fim da pandemia. Existem ainda muitas incertezas”.
Confira a entrevista.