O Conselho Regional de Psicologia de Sergipe, por meio da Comissão de Psicologia e Relações Étnico-Raciais participou na segunda-feira, 17, da Sessão Especial sobre Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).

De autoria da deputada estadual Linda Brasil (Psol), o encontro teve como objetivo debater sobre as consequência do racismo e da intolerância religiosa e reforçar a importância do calendário estadual incluir a campanha ‘Abril Verde’, que já faz parte dos calendários de outras unidades da federação, visando conscientizar a população, fortalecer a divulgação dos canais de denúncias e refletir sobre as graves violações de direitos humanos sofridas pelos povos de terreiro.

De acordo com a Conselheira e Presidente da Comissão Sara Silva, a sessão especial contou com falas potentes de representantes ilustres que atuam no combate ao racismo, ao racismo religioso e à falta de respeito com relação às religiões que divergem do Cristianismo em Sergipe e no Brasil.

“Eventos como o de hoje, realizado na Alese, são de grande relevância para a sociedade e totalmente compatíveis com a área de atuação da Comissão de Psicologia e Relações Étnico-raciais do CRP19, haja visto que um dos objetivos desta comissão é dialogar junto aos poderes judiciário e legislativo na busca de ações efetivas no combate a todos os tipos de violência racial”, destacou.

“Como Presidente da Comissão e representante do Conselho no evento, busquei trazer em minha fala a necessidade de um olhar decolonial com relação as questões étnico-raciais. A Comissão de Relações Étnico-Raciais do CRP19 trabalha para cada vez mais reforçar o reconhecimento às necessidades destas maiorias minorizadas, bem como assumir uma postura reparadora que busque a promoção equidade racial”, completou a psicóloga Sara Silva (CRP19/1294).

A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, psicóloga Iza Luane Santos Moura (CRP19/4166), representante do CRP19 no CEDM, e membro da Comissão de Psicologia e Relações Étnico-Raciais da afirma que o momento foi necessário e construtivo para comunidade preta sergipana.

“Foi um dia para se reafirmar enquanto pessoa preta, de sentir pertencida, de entender que nossa luta precisa de visibilidade. Foi um dia em que não só representei um órgão fiscalizador, o CRP/19, mas representei minha ancestralidade, o Abassa Reino de Oxalá, o qual sou abian com muito orgulho. A luta antirracista precisa ser diária e contínua. Não basta dizer que não tem preconceito, precisa ser antirracista”.

A sessão contou com a participação de ativistas dos movimentos sociais, líderes religiosos e representantes do grupo de pesquisa Ginga da Universidade Federal Fluminense (UFF).