O Conselheiro Presidente em exercício, Jameson Silva, participou na sexta-feira, 14, de Sessão Especial na Câmara de Vereadores de Aracaju (CMA), a convite do vereador Aldeilson Soares dos Santos- Binho (PMN).
“O Conselho Regional de Psicologia está à disposição para todos os convites desta Casa Legislativa. Diferente de antes, quando vivenciamos apenas nossas realidades internas, nesta gestão temos objetivo de uma maior abrangência. Todos os conselhos de classes orientam suas categorias, mas têm a obrigação de servir à sociedade fiscalizando e salvaguardando de maus profissionais. Estamos abertos a quaisquer tipos de orientações e denúncias, inclusive, anônimas”, disse o Conselheiro na abertura.
O autor do requerimento na CMA lançou um olhar sobre a relação Virtualidade x Atividades Físicas, na cidade de Aracaju. O objetivo da Sessão Especial foi debater o mau consumo de entretenimentos e facilidades que a tecnologia e a virtualidade proporcionam, sendo grandes inibidores das atividades físicas e esportes, observando que o sedentarismo é considerado, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), um dos grandes males do século XXI.
“Sou desportista, tenho um filho de sete anos que joga videogame, que tem um celular nas mãos, mas a disciplina é gigantesca, com horários bem definidos. A ideia foi trazer profissionais para dentro da casa do povo para que pudessem falar sobre esse tema”, informou o parlamentar que é graduado em Educação Física.
Membro da Comissão de Orientação e Fiscalização do CRP19, psicólogo da Prefeitura Municipal de Aracaju desde 2004, lotado como Psicólogo Clínico no CAPS III ad Vida, com experiência em psicodrama, Jameson Silva (CRP19/0714), pontua que a discussão proposta, chama atenção para os excessos.
“‘Virtualidade versus Atividades Físicas’ parece uma oposição do outro. Na verdade, existem os exageros de parte a parte. Especialistas apontam, inclusive, os exageros na atividade física, que não fazem bem à saúde. A virtualidade traz em si uma preocupação muito grande, sobre como nós, pais e/ou responsáveis delegamos ao mundo virtual a educação dos nossos filhos. Esse é o perigo!”.
Questionado por um dos debatedores sobre a dependência digital, Jameson Silva explicou que a nomofobia e dependência digital são considerados transtornos.
“Os sintomas são muito parecidos com a dependência química. Afetam a parte física e mental da pessoa propiciando o surgimento de doenças físicas e mentais pela inatividade. A dependência é estar preso a alguma coisa que você não tem mais forças para dela se livrar. Se não se tem mais controle sobre o vício, o vício te controla. Precisamos ficar atentos”.